Tudo estava bem .Parte2.
Mas não tão
bem assim. Depois daquele longo beijo, seus corpos se separaram, ele a olha,
como se fosse à primeira vez que tivesse a visto, com aqueles olhos verdes
brilhando, aquele brilho diferente no olhar, ela sem reação apenas sorri, e ele
a admira, como se nunca tivesse visto aquele sorriso bobo e lindo que ela
tinha. Só que nesse momento, alguém esbarra nele, e só ai eles se tocam que não
estavam sozinhos. Ele a pega pela mão, tenta a fazer andar, o que ainda era
difícil, e como um pai ensinando uma criança a dar os primeiros passos, ele a
ajuda a caminhar, pega em sua mão bem firme e não a solta. Tudo pra ela tinha
uma forma diferente agora, o céu estava mais azul, o sol brilhava numa
intensidade moderada pra deixar tudo muito bonito, as pessoas estavam mais
felizes ao seu redor, mas na verdade quem estava feliz era ela, ou melhor, os
dois. Eles vão caminhando em meio à multidão e ele a guia para aquele que tinha
sido o local de muitos dos seus encontros, abre a porta pra ela passar, num
amor e delicadeza que ela nunca tinha visto antes. Aqueles olhos verdes sobre
ela ainda tinham um ar de medo, medo de que aquilo fosse só um sonho e uma
hora, na melhor hora ele fosse ter que acordar. Quando ele fecha a porta ele a
puxa pra perto de si, não deixando espaço nenhum entre seus corpos, a
respiração dele agora estava em seu pescoço, sem dizer nenhuma palavra, acho
que faltava coragem em ambas as partes pra isso, eles ficaram ali, abraçados,
se curtindo, como há muito tempo já não acontecia. Dessa vez quem reagiu foi
ela. Ela tira o rosto dele que agora se encontrava encostado em seu ombro, e o
enlaça em um grande beijo, longo, assim como o do reencontro, porém esse beijo
era diferente, ele tinha mais vontade, mais paixão, mais desejo. Com muita
delicadeza ela passa a mão por seu pescoço e o puxa pra mais perto ainda de si,
como reação ele passa suas mãos firmes por sua cintura e a aperta com força.
Pela primeira vez em sua cabeça, passa o que poderia acontecer. Ela já deixou o
medo tomar conta de si tantas e tantas vezes, havia chegado a hora disso não
acontecer mais. Nada de forçar, nada de apressar as coisas, ela deixou que
rolasse naturalmente, e rolou. Aos poucos as mãos que antes seguravam aquela
cintura fina, começaram a levantar a blusa azul que ela ainda usava, ainda,
pois não seria por muito tempo. A respiração de ambas as partes já estava
totalmente fora de controle, à vontade e o desejo tomou conta daqueles dois
corpos, sozinhos, sem nada e nem ninguém pra impedir, o que mais que eles iriam
querer se não um ao outro? Era somente isso que eles precisavam um ao outro, e
agora eles tinham. Ele a coloca na cama e ela admira, ainda sem acreditar que
ele pudesse estar ali, mas realmente ele estava. Ele a enche de beijos, aqueles
beijos que ela tanto amava beijos quentes, com vontade, que transmitia paixão e
desejo. Aos poucos e de uma forma tão linda ele a foi despindo por completo.
Ela não tinha motivos pra parar com aquilo, ela queria, ele queria, e não
existia nada que pudesse impedir. O calor do corpo dela no dele, o fazia sentir
como se estivesse nas nuvens. Ele ansiava tanto por aquele momento que ela não
fazia ideia. Seus braços fortes que em nenhum momento deixaram de envolvê-la a
fazia se sentir totalmente segura de tudo o que estava acontecendo. Seus beijos
que agora já se espalhavam por todo o copo, já não tinham mais controle algum,
afinal, o que os dois mais queriam era isso, perder o controle um com o outro,
e dessa vez eles tinham conseguido. A respiração dele ao seu ouvido a fazia
perder todos os sentidos, ela não queria mais nada além daquilo e além dele.
Naquele momento todas as duvidas, incertezas, medos, lágrimas ficaram pra trás.
Seus maiores desejos e vontades estavam ali. Dessa vez, sem nada pra
atrapalhar, eles tinham conseguido. E quando tudo finalmente acabou, ele a
envolveu em seus braços, e somente o que pode e conseguiu dizer foi que a amava
mais que tudo e todos nessa vida, já ela não conseguia dizer se quer uma
palavra, somente sorriu, porque por algumas horas ela não pensou em mais nada e
nem ninguém além dele. Suas dores como mágica, sumiram, e mais nada lhe
interessava. Seus sorrisos, aqueles que ambos amavam se encontravam novamente
em seus rostos. Aqueles olhos verdes, os mesmos que a deixavam muito boba e a
faziam sentir que toda a riqueza do mundo era dela, brilhavam mais do que
nunca, principalmente quando os olhares se encontravam. A partir dali, o que
iria acontecer já não era mais problema, fazia parte de um futuro, que naquele
momento ela não queria pensar, e nem ele. E assim foi feito. Acho que dessa vez
todos nós podemos dizer, que finalmente, agora sim, tudo estava bem. Tudo
estava bem.
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