Catherine and Fabricci.

Catherine, que belo nome não? Tão belo quanto sua face jovem, seus olhos tão azuis que eu os compararia com o mar, seu sorriso tão rico em serenidade, que transmitia uma paz imensa quando sorria. Sua voz tão doce e calma, ah Catherine, um verdadeiro anjo. Enxergava as coisas simples e belas da vida, amava ver o nascer e o pôr do sol, adorava imaginar o que existia além do horizonte. Gostava de cantar e com isso encantava quem a ouvisse.
Catherine era rodeada por pessoas que a amavam, sua presença era de longe a melhor que poderiam ter e querer.
Ah, Catherine amava passear no parque, admirar as belas arvores gigantescas, se sentia acolhida ali, como um abraço da mãe natureza, mas não era o único motivo pelo qual o parque lhe atraia. Um belo jovem chamado Fabricci, trabalhava todas as tardes varrendo o imenso. Humildade era sua melhor qualidade, seu trabalho era simples, mas era com aquilo que se sustentava e tinha um imenso orgulho de si mesmo.
Catherine o reparava de longe, desejava falar com ele de alguma forma, mas era tímida demais para isso. Porém nesse dia, tudo mudaria. Deitada admirando o céu, Fabricci se aproxima e lhe surpreende  com um beijo, e que beijo, doce, ao mesmo tempo enlaçado, feroz e tranquilo, a palavra certa seria: único.
Os raios de sol invadem a imensidão dos olhos de Catherine, o azul, agora tão azul quanto o do imenso mar, estava radiante.
As diferenças sociais não os impediram de seguir enfrente com seu amor puro e verdadeiro. Viviam cada dia como se fosse o ultimo. A felicidade era estampada em seus rostos, ah, como eram felizes, felicidade que causava inveja, e que inveja.
Embaixo do sol que naquele dia queimava horrores, Catherine decide velejar pelo lago do parque, Fabricci não poderia ir, mas ela disse que ficaria bem se fosse sozinha. Então, assim o fez. Chegou à beira do lago e entrou em seu barco. Destino cruel a aguardava.
A brisa batia em seus lindos cabelos dourados, os fazia balançar, dançar conforme a musica eu diria.  Ah, iriam ter gostado de conhecê-la, pena que não terão essa chance.
Ao chegar bem ao meio do lago, Catherine percebe que algo errado tinha acontecido, água começava a entrar no barco e já se encontrava em seu tornozelo. Catherine se desespera, não sabia nadar. Oh, uma donzela em perigo. A água não parava de subir, o barco afundaria a qualquer momento. Catherine gritava desesperada, mas Fabricci estava longe demais para que pudesse ouvi-la, ela chorava, sentia a morte se aproximar lentamente, em pé sacudia os braços, fazia todos os tipos de sinais, mais nada adiantava ninguém a veria. Exceto uma pessoa.
Fabricci sente que algo estava errado e olha para o lago, mas já era tarde, o barco acabara de virar, ele sabia que Catherine jamais tinha aprendido a nadar. Ele então se joga no lago desesperadamente, consegue arrastar o corpo de Catherine para a beira do lago ainda a tempo de ver seus lindos olhos azuis se fechar para sempre. Adeus, Catherine se foi.
Fabricci chorava incansavelmente, tolo, achava que lágrimas a trariam de volta. Nesse momento se ouve uma gargalhada se aproximando, e ele podia a reconhecer de longe. Tinha sido ela, é claro, ela havia sabotado o barco de Catherine. Ela cumprira o que prometera desde o inicio.
Catherine se foi, e a culpa foi inteiramente de Fabricci, que não lhes contei, mas não passava de um mero galinha aproveitador de doces jovens. As seduzia no inicio e no final, as deixava, normal hoje em dia não? Dessa vez fora diferente, ele havia se apegado ou pior, se apaixonado, mas alguém não aceitara que isso era possível, e esse alguém era Giullia, que não apareceu na história, mas fora mais uma das enganadas de Fabricci, que resolvera se vingar dele da pior forma possível.  O privou de viver um amor de verdade, o privou da melhor sensação do mundo que é amar e ser amado. O feitiço virou contra o feiticeiro, dessa vez quem sofreria seria Fabricci, ele ficou vivo durante muitos anos para que sofresse as consequências, até que um dia, a morte já cansada de vê-lo naquela situação mandou que alguém o buscasse, e a escolhida fora Catherine.
O que muitos dizem hoje em dia é que ele enlouquecera, não acreditava que seu amor havia partido, então tinha alucinações frequentes com ela. Ninguém sabe da verdade, num dia, como hoje, por exemplo, Fabricci se enforcara na maior árvore do parque, anos e anos depois. Oh, no que eu acredito? Bem, não faz diferença, só diria para que tomasse cuidado, nunca se sabe quando conheceremos um Fabricci meninas, ou quando sua Catherine possa chegar meninos, porém, sempre existirá uma Giullia no caminho, e essa, será capaz de tudo para destruir vossa felicidade.
O grande lago continua lá, a grande árvore onde Fabricci se enforcara ainda tem sua corda, o parque? Fora fechado. Não queremos incidentes como esse novamente não é mesmo? Saiba dar valor a sua Catherine, e quantos aos Fabriccis, bem, que a morte lhes acompanhe para um lugar melhor, um sossego eterno.

Com amor, Catherine Malfoy, para meu eterno amor e ordinário Fabricci Gonçales.

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