John.

John era um garoto normal, assim como qualquer outro levava uma vida tranquila. Era um garoto cheio de sonhos, mas que desejava viver a vida intensamente. John não ligava para obstáculos, sempre passava por cima de tais, John era tão seguro de si que sua segurança contagiava a todos. John tinha manias estranhas, gostava de contar carros por sua varanda no calar da noite, gostava de imitar o som dos pássaros e tinha a mania mais estranha do mundo, fazer todos sorrirem o tempo inteiro. John não era nada discreto, não sabia rir disfarçadamente, não sabia reparar sem ter que quebrar o pescoço, ele não sabia falar baixo somente gritava, costumava dizer: para que nos calarmos quando o mundo precisa nos ouvir? E então gritava, gritava como se o mundo fosse acabar, mas poucos sabiam que aquela era a melhor forma de alivio para John. John vivia no mundo da lua, somente poucas pessoas conseguiam sua atenção por completo, tinha uma imaginação fértil eu diria, criava histórias mentalmente, escrevia canções no amanhecer, dançava concertos inteiros em seu quarto, fazia uma turnê e tanto pelo seu banheiro na hora do banho, mais shiu, isso não passa de segredo, John me mataria se soubesse que lhes contei. John gostava de nas noites estreladas, se deitar em sua varanda e olhar para o céu, e somente as observar, ah o céu, o que era possível se esconder naquela imensidão? Era o que ele tentava descobrir sempre que possível. Ah sim, John tinha muitos amigos, tantos amigos que era possível os contar na palma de uma só mão, ele costumava dizer que se passasse de cinco, havia algo errado, algum deles não era amigo de verdade. Sabe, ele tinha umas ideias malucas às vezes, além de gritar no meio da rua vivia dizendo o quanto era louco por saltar de um prédio do oitavo andar sem nenhum meio de proteção, vivia discutindo com quem batesse a sua frente, mas no final, sempre desistia de suas bizarrices. Ah, sua mãe, sua mãe amava o jeito extrovertido de John, por mais que vivesse brigando com ele, ele mal sabia o quanto ela ia dormir feliz e orgulhosa por ter um filho como ele.  Ah, John tinha talentos também, é claro que tinha, era um excelente rapaz na cozinha, um ótimo cozinheiro, desde seu miojo até sua melhor carne, sua comida não deixava a desejar, digamos que ele se gabava muito disso ás vezes (ele podia se gabar). Oh, quando o conheci? Isso não vem ao caso, ele foi uma das melhores pessoas com as quais pude conviver, vivia me telefonando para ocupar o tempo, não me sentia como segundo plano, na verdade sempre fui seu centro das atenções.
Namoradas? O que eram mulheres na vida de John se bobeasse saiam até do bueiro de sua rua, mas John não ligava pra isso. Como assim? John não ligava para mulheres? Não foi isso que eu disse, John podia ter todas, ruiva na parte da manha, morena à tarde, loira à noite ou todas elas juntas quando quisesse, mas ele preferia não ter nenhuma. John nunca teve mulher? Que besteira de sua parte dizer isso, John vivia rodeado de mulheres, mesmo que não quisesse. Ia dormir com Julian e acordava ao lado de Marian, o céus como isso era possível? Ele mesmo se perguntava. Virava a noite com uma, duas, três, pegava “geral” como dizem por ai. Mas ah, John podia ser tudo, ter tudo e todas, mas, John não era feliz. John queria uma, apenas uma, mas essa única não lhe queria, pois o dia em que ela o quis ele disse: quero viver a vida intensamente. 

E essa única então lhe deu as costas e partiu, e John nunca mais a viu. Com o passar do tempo John partiu também, viveu a vida intensamente até que a morte veio lhe levar, John jamais conhecera a felicidade, pois sua felicidade foi ser feliz com outro alguém. 

Comentários

  1. John, sei como deve ser triste sua felicidade ir ser feliz com outro né, eu sei como é isso. E já tenho certeza que quando ela partir (minha felicidade) ela ainda não terá sido minha. AAAH ' só quis me expressar e também desabafar, afinal não é sempre que encontramos "alguém" que já passou ou ainda passa pelos mesmos obstáculos que eu.
    - Anônima *o*

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  2. Bom anônima,nunca estamos sozinhos nessa..pode acreditar nossa hora vai chegar.

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  3. Todos nós já passamos ;D Tamo junto nisso

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