Te espero.

Já faz um ano que você se foi. Um ano que meu sonho se perdeu em um vazio gigantesco que hoje existe dentro de mim. Ás vezes tenho em mim que o mundo vai desabar, sinto-me como se não tivesse mais motivos para continuar. Olho a minha volta não enxergo mais tanta beleza quanto via antes. Quando você ainda estava aqui. Paro e penso, tento entender o porque disso tudo estar acontecendo, tudo na vida tem um motivo, um porque, e sinceramente não consigo encontrar nenhuma explicação pra tamanha dor. Porque você tinha que partir? Ir pra tão longe? Lugar onde qual não posso te alcançar, te abraçar, te ver sorrir, e te ter por perto. Um ano sem te ver é como se fosse um ano que eu não vivi. Um ano que passou por passar, um ano que não fez sentido algum sem você por perto. Afinal, nada faz sentido sem você por perto. Me pego perguntando quando essa dor vai passar, isso se ela passar. Já faz um ano e a dor não diminuiu, e meu sentimento por você não mudou. Chorar, implorar pra que você volte com certeza não vai te trazer de volta, é um fato, pois eu já tentei. Noites acordada, sozinha, no silêncio que chega doer, pensando em você, em mim, em nós, porque tinha que  ser assim? As coisas não fazem muito sentido pra mim, nunca fizeram, mas com você por perto tudo era mais fácil. Tudo perdeu o brilho, a vida perdeu a cor, eu já não vejo motivos para continuar. Uma vez ou outra eu acredito que você vai voltar pra perto de mim, mesmo que seja por alguns minutos ou horas, e se Deus permitir por alguns dias, ainda tenho fé, ainda sonho com tudo o que planejamos. Ainda te espero, todos os dias e todas as noites. Estou aqui, esperando seu telefonema, uma mensagem, um “oi eu estou pensando em você, pensa em mim também”. Alguns perguntam: você não prefere esquecer? Juro que pensei várias vezes que seria melhor, mas o que sinto por você me impede que eu faça isso. Aonde você estiver, espero que esteja feliz, espero que ainda pense em mim como eu penso em você e que sinta por mim o que sinto por você, eu te espero e sempre vou esperar. Ana Paula Moreira Gonçalves