O Lago.
Eles viviam
da forma mais harmônica possível, tinham um namoro de dar inveja a qualquer
casal, não que eles precisassem fazer isso. Tratavam um ao outro da maneira
mais carinhosa possível. Era apelidos fofos, carinhos, beijos e abraços, o
tempo todo, no dia inteiro. Amavam-se longe ou perto, se desejavam mais ainda.
Ele a consumia com olhares apenas, ela o desejava da melhor forma possível.
Eles queriam estar lado a lado o máximo de tempo possível, queriam se curtir
como nunca, queriam ser eternos namorados. Não queriam deixar sua vida entrar
em mais uma dessas rotinas chatas, onde todo o amor e dedicação se perdem em
meio a tanta bagunça, bagunça dentro e fora de si. Eles queriam juntos entrar em
um mundinho que fossem inteiramente deles, onde não houvesse nada e nem ninguém
para os atrapalhar, e era aquilo que eles estavam dispostos a fazer, e iriam
fazer. Naquele tarde ele lhe prometeu busca-la em sua casa, disse a ela para
que passasse seu melhor perfume, ou aquele que ele amava, vestisse qualquer
roupa, pois todas lhe caiam bem, e o esperasse enfrente de casa no horário
combinado. E assim ela fez. Vestiu algo confortável, passou o perfume que mais
lhe agradava, e na hora combinada ela desce as escadas, incerta sobre o que
faria ao sair por aquela porta. A única certeza que tinha era que mais uma vez
iria encontra-lo, dessa vez ela não sabia aonde iria, o que iam fazer, quanto
tempo ia demorar, ele não tinha lhe dito. A única coisa que disse foi que ela
não iria se arrepender. E ela confiava o bastante nele pra que ele a levasse a
qualquer lugar, de olhos vendados, ou do jeito que fosse ela iria com ele de
qualquer jeito, pra qualquer lugar. Quando ela o encontra do lado de fora, ele
esta com aquele sorriso lindo, meio tímido, meio malicioso, aquele que ela
tanto amava. Ele a esperava encostado em seu carro, seus olhares se
encontraram, ela se aproximou e lhe deu um longo beijo. Se afastando pergunta:
- Aonde nós vamos? Ele com aquele sorriso de canto só diz: surpresa, mas lhe
garanto que você vai gostar. Ela concorda e entra no carro. Durante a viagem
eles passam por diversos lugares, uns muito estranhos, ela o olhava diversas
vezes e ele sempre com o olhar fixo na estrada. Depois de mais de uma hora de
viagem, eles finalmente chegam a uma linda casa no lago. Era um lugar
diferente, grandes árvores, um lago imenso, e uma bela casa, como se ninguém
viesse ali a anos. Aquela altura ela
tinha que perguntar: O que estamos fazendo aqui? Que lugar é esse? Ele a olha e
sorri: Calma bobinha, estamos seguros, essa é a antiga casa de campo da minha
família, achei que seria o lugar perfeito pra lhe trazer. Ele a beija e a leva
pra dentro. Ao entrar na casa se surpreende, tudo estava tão lindo, arrumado,
como se alguém tivesse passado horas e mais horas ali, se dedicando arduamente
a deixar aquilo impecável. Havia uma lareira, um sofá enorme, uma linda cortina
branca que permitia feixes de luz se infiltrar na sala, fazendo aqueles olhos
brilharem como nunca. Ela observava da janela o sol bater forte no lago, queria
se jogar lá e poder passar horas e horas e se esquecer do mundo, mas ao invés
disso ela sente o momento em que ele a enlaça num longo e delicioso abraço. Ela
sente sua respiração mansa em teu pescoço. Seu coração batia forte, e um
sorriso subitamente aparecia em seu rosto. Aquele era o efeito da presença
dele. Ela se vira sem mais e nem menos, e fica ali, somente encarando aqueles
lindos olhos que a hipnotizavam. Ela gostava de se lembrar de que estava ali,
naquele lugar lindo com a pessoa mais linda do mundo, ela poderia ficar ali,
daquele jeito com ele, abraçada, sentindo seu coração bater cada vez mais
rápido quanto tempo fosse, mas ele estava disposto a acabar com aquilo. Sem
desviar seu olhar do dela ele a beija, um beijo diferente de todos os outros
milhares que eles já tinham tido. Ele a envolveu duas vezes naquele momento,
uma em seu abraço que se tornava cada vez mais apertado, e outra naquele beijo
longo, delicado, ao mesmo tempo feroz. Ao toque daqueles lábios delicados nos
seus ele se perde em um mundo completamente mágico, é como se nada em volta
deles existisse mais. E era exatamente o que acontecia naquele momento. Ela
parecia querer se afastar, mas ele não deixou que isso acontecesse. Ele colocou
uma de suas mãos em sua cintura, e a outra em seu pescoço, e a puxou pra mais
perto de si ainda. Aquele beijo já durara tempo demais pensava ela. Mas afinal,
eles não estavam nem ai. Deixaram acontecer da forma mais natural possível. E
dessa forma natural tudo vai esquentando. Sua mão que estava na cintura, agora
deslizava pra cima, ele sentia o arrepio percorrer todo o corpo dela. Uma das
mãos delicadas de sua amada que antes estavam em seu pescoço agora deslizava
por toda suas costas. A dele lentamente subia sua delicada blusa verde. Sua mão
agora percorria toda sua cintura, e a segurava com firmeza. Enquanto isso ela levantava devagar sua camisa
vermelha, que naquele momento já a incomodava. Ele a pega no colo e a leva para
o sofá que ficava logo atrás deles. Agora os beijos haviam saído da boca e se
dirigido ao pescoço, e continuavam a descer. Naquele momento ele consegue
liberta-la daquela blusinha verde que separava seus corpos de ser um só. Ao
mesmo tempo em que ela tira sua camisa vermelha. E aos poucos, de um jeito bem manso, ele
desabotoa seu sutiã, e ela sente uma sensação boa dentro de si, não sabia se
deveria parar ou não com aquilo, então uma respiração que deu diferente ele a
olhou nos olhos e disse: deixa rolar! E assim ela fez. Aos poucos eles foram se
despindo, peça por peça. Acariciavam-se e aproveitavam cada segundo juntos. Ele
queria toma-la por inteira, e ela queria senti-lo como nunca tinha sentido
antes, dentro de si. E assim ocorreu, tudo tranquilamente, lentamente, da melhor
forma possível. Ao acabarem eles ficaram ali, deitados naquele sofá embaixo de
coberta, pois o friozinho daquela tarde no lago já predominava, e os dois,
ainda nus não se desgrudavam por se quer um segundo que fosse. Passado um tempo
de caricias e amores deitados no sofá daquela sala, ele propõe um banho, então
se levanta e vai. Quando acaba é a vez dela, e assim como ele ela toma um belo
banho, e vem pra sala. Lá fora o sol já se punha por trás do lago, a visão era
paradisíaca, ele a convida pra admirar junto a ele, aquela beleza de Deus. E
assim fazem. Ele a leva até a beira do lago onde havia um barquinho já a espera
dos dois, um barquinho simples, madeira, dois remos, mas escondia um futuro,
que já seria revelado. Ela anseia antes de entrar, pois tinha medo de velejar,
mas com rapidez ele a convence. Sentam-se frente a frente, ele pega o remo, e
rema em direção ao centro do lago, onde quase podiam tocar o sol. Quando ele para de remar e a encara como nunca
havia feito antes, mil coisas passam pela cabeça dos dois. O que o levara ali?
Uma ideia bem estranha o meio de um grande lago. Passados alguns minutos em
silêncio absolutos, ele toma a iniciativa e finalmente diz: isso tudo tem um
porque.. eu queria que fosse especial, que fosse inesquecível, e já esta sendo,
e eu espero que continue sendo, bom, a finalidade disso tudo é simples, eu te
amo, você é como se fosse o ar que eu respiro, o chão que eu piso que seria
minha base, minhas forças, você é quem me da razões para viver, e é por isso,
que eu não preciso de mais nenhuma prova, de mais nenhum motivo, eu já tenho
todos. Ele procura em seu bolso e finalmente a encontra, uma caixinha em
formato de coração! E pergunta: quer se casar comigo? E ali, no meio daquele
lago, com aquele pôr do sol maravilhoso ao fundo, silêncio absoluto, nem os
pássaros se ouviam mais. Ele sente seu coração na boca e voltando para o lugar
diversas vezes, quando vê lágrimas escorrendo pelos olhos dela, de uma maneira
incontrolável, e ela não tinha duvidas de sua resposta! Joga-se em seus braços
e numa mistura de entusiasmo com surpresa só consegue dizer: sim, sim, quantas
vezes quiser ouvir, sim. E daquele jeito eles ficam ali, até que o sol se põe
juntos, prontos para iniciar uma vida lado a lado, todos os dias, o tempo todo,
pelo resto de suas vidas, até que a morte vos separasse.
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